terça-feira, 5 de maio de 2009

apokazin

Quando essa boca disser o seu nome, venha voando! Mesmo que a boca só diga seu nome de vez em quando...
Posso enxergar no seu rosto um dia tão claro e luminoso. Quero provar desse gosto ainda tão raro e misterioso do amor...Quero que você me dê o que tiver de bom pra dar. Ficar junto de você é como ouvir o som do mar. Se você não vem me amar é maré cheia, amor! Ter você é ver o sol deitado na areia. Quando quiser entrar e encontrar o trinco trancado, saiba que meu coração é um barraco de zinco, todo cuidado. Não traga a tempestade depois que o sol se pôr. Nem venha com piedade porque piedade não é amor.
(L.P.)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pra ser feliz!


Hoje o mar faz onda feito criança. No balanço calmo a gente descansa. Nessas horas dorme longe a lembrança. De ser feliz. Quando a tarde toma a gente nos braços. Sopra um vento que dissolve o cansaço. É o avesso do esforço que eu faço. Pra ser feliz . O que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia. As cores, figuras, motivos. O sol passando sobre os amigos. Histórias, bebidas, sorrisos. E afeto em frente ao mar. Quando as sombras vão ficando compridas. Enchendo a casa de silêncio e preguiça. Nessas horas é que Deus deixa pistas. Pra eu ser feliz. E quando o dia não passar de um retrato. Colorindo de saudade o meu quarto. Só aí vou ter certeza de fato. Que eu fui feliz!
Leoni e Léo Jaime.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

mon petit souvenir




"Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo..."

De "O Pequeno Príncipe" (Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 26 de abril de 2009

Hoje, em Porto Alegre...

O evento de moda de Milka Wolff tem edição temática do México. Entre as atrações do evento estão performances da Dullius e da Essencia Cia. Dança, da orquestra com 14 músicos de Alberto Apache e Sus Mariachis. O desfile, batizado de Coleção Jubileu by Milka, festeja o meio século da carreira da estilista com 49 modelos na passarela. A Coleção Moda Jovem by Yasmine traz 42 modelos vestindo as criações da neta de Milka.
O desfile é beneficente.

h o p e

Quando chove me sinto mais leve
Quando chove somos todos iguais
Debaixo do mesmo teto observando a chuva cair, estamos todos sob seu efeito, mudando nossos rumos e ás vezes somente esperando a chuva passar e então não podemos fazer mais nada, senão esperar.

É como se por aquele momento nossa vida saísse do nosso controle, é a manifestação de que uma coisa maior nos une e decide como vai ser dali em diante
Hoje em dia, é duro constatar que a chuva causa medo, é motivo até de desgraça e o pior é que não são poucas nem brandas, o mundo com certeza está mudando e talvez não nos suportando mais.
Mas falo da chuva de antigamente, aquela que talvez eu nem tenha vivido, que simplesmente congelava o instante, e de alguma forma tornava tudo mais aconchegante e terno
A chuva do livro, do vinho, do filme e da lareira.
A chuva do trovão, que desperta um medo bobo que serve de motivo pra um abraço apertado e longo.
As gotas de chuva que Claude Debussy ouviu caindo no teto e compôs Claire de Lune.
A chuva do sono bom, onde o lençol é mais gostoso, o travesseiro serve de colo, e o cobertor cumpri seu melhor papel.
O mato responde com um cheiro de vida.
Em tantos momentos a chuva é alimento que limpa e lava, até a alma.
Se for ver bem, são milhões e milhões de pequenos pingos que caem ao mesmo tempo sem parar, em vários lugares. Como nós. No mundo inteiro é igual, não muda.
Quanta coisa não queria ver mudar?
A primeira chuva na cara, no corpo, na roupa, correndo sem pressa, querendo arrastar todos os pingos de uma só vez.
É um momento mágico, grato, eterno.
Chuva que não para, nunca.
Ah se toda chuva fosse assim, um romance escrito pra mim.
(por Luiza Possi)